[C] - Adagas Cruzadas (Kiri)

Estou em minha sala. Sentado em meu sofá branco confortável, desfrutando do som inexistente do silêncio e o abraço nada assustador da solidão. Estava acostumado com esse cenário, com a sombra constante de está só. Sem nunca realmente precisar me preocupar falar com alguém com mais do que poucas palavras. Entretanto, na mesa que se encontra a míseros centímetros de minha presença, repousa um fato disposto a desafiar esse cenário e realidade em forma de frases escritas em um punhado de papeis inofensivos.
Ou seja, as instruções de minha próxima missão.
O relógio anda e eu observo em um voto de silêncio. As paginas que se encontram em minha frente já li uma meia dúzias de vezes. Prestando atenção em cada detalhe, anotando em minha mente qualquer informação com a sombra da possibilidade de ser útil futuramente. Meu corpo tão pouco demonstra ansiedade, medo ou qualquer outra emoção e sentimento que seria julgado como normal, julgado como humanamente aceitável, para uma operação que não carrega apenas o peso de minha vida, de meu sangue, em minhas mãos.
Minha missão, aurora de aparência simplista, se resume a acompanhar uma isca. Uma pessoa por uma zona de crimes na esperança de atrair meu alvo e o neutralizar por qualquer meio necessário. Nem que para isso eu tenho que sujar meus dedos de vermelho uma vez mais.
Eu não me assusto com a possibilidade de matar. Nem tão pouco me deixo apavorar pela chance de perder uma vida. Isso me parece distante, algo que não afeta a expressão seria e ainda sim, neutra que tanto governa meu rosto com mão de ferro. Apenas me levanto, calmamente como se aquilo não passasse de mais uma tarefa e começo a andar, de uma maneira que transborda uma mistura de indiferença e foco, para a saída de minha casa e o inicio de minha missão.
Estou vestido como um civil elegante, deixei até mesmo minha bandana em uma tentativa de me misturar ao cenário, aparentar ser apenas mais uma suculenta vitima acompanhando uma jovem que dizem ser muito atraente pelas ruas de uma vila, vivendo suas vidas como se não esperassem serem surpreendidos por um ladrão de hábitos noturnos.
E acredite, vestindo uma camisa de botão branca, um tênis social e uma calça cumprida de marca eu não parecia nada além de um mero jovem que esqueceu a hora de voltar para sua casa e dormir. Um cenário perfeito com iscas perfeitas para quem é que seja culpado por esse festival de crimes resistir. Ele vai desejar colocar seus dentes em nós, ansiar ter nossas posses e roubar nossas carteiras.
Um detalhe, atrás de meu cinto repousa discretamente uma bolsa que, em seu semblante, não passaria de um simplório local para guardar minhas coisas. Embora, na verdade, seja onde coloquei meu arsenal de ferramentas para essa operação.
Abro a porta e antes de começar a andar normalmente e mesmo assim, atentamente, em direção ao local da missão, um pensamento não para de ecoar nos quatro cantos de minha mente e invade indiscriminavelmente meus pensamentos:
Dizem que a nevoa está mais densa quando os robôs acontecem, isso não pode ser sempre por causas naturais. Talvez eu esteja em fretando alguém que saiba as artes ninjas ou mais especificamente, utilizar o Elemento Suiton. Essa missão pode ser mais perigosa do que sua aparência deixa transparecer.

Os corpos celestiais aurora poderiam ser brilhantes e um simbolo de esperança para quem se atrevesse a olhar para o alto, tivesse coragem ou desespero o suficiente para observar as estrelas em qualquer lugar do mundo que não fosse Kiri. Aqui a nevoa é impiedosa, incapaz de deixar qualquer luz fraca conseguir escapar de sua presença intimidadora ou mortal para qualquer um que não fosse nascente dessas redondezas.
A jovem estava na porta de minha casa no horário programado. Nem um segundo a mais ou segundo a menos escapou de sua aparente precisão. Suas palavras, carregadas do que se poderia chamar de uma certa acidez digna de uma serpente, trouxe - me de volta para os ares da realidade, deixando - me distante das teorias e ideias fervilhantes em minha cabeça sobre o que me reserva a frente.
Apesar de minha expressão fria e meu olhar quase inquisidor para a mesma, nos mais profundos pensamentos, um pouco de receio invisível á olhares externos começa a se alastrar pelo meu corpo e travar a minha linguá por curtos e fugazes segundos e meros instantes que logo se perdem no tempo a medida que meus lábios formam palavras curtas, frias e entretanto, de uma edução e respeito exemplar digno de um lorde inglês:
- Prazer... Meu nome é Maquiavel, caríssima. - Digo isso e mesmo em meu tom culto e distante, uma ponta de timidez escapa entre essas palavras que foram ditas ao ar.
Os próximos minutos são rodeados de um silêncio fúnebre de minha parte. Não por desdém, não por arrogância mas sim, por não achar necessário encher nosso tempo com conversas fiadas que muito provavelmente não iram acrescentar em nada para essa operação. Embora, admito que para quem olhar de fora, tudo isso pode parecer um pouco deselegante e estranho.
Meus passos são de alguém sem pressa de acabar a noite, alguém normal desfrutando o silêncio dos céus ao lado de uma jovem que muitos considerariam bonita. Caso tenho dúvida disso, basta apenas olhar de mansinho para os lados e verei as poucas pessoas que tem nessas ruas desviando seu olhar, sua atenção, para contemplará nem que seja por um mero e insignificante momento.
As ruas vão e chegam, várias curvas faço e meus pés, pouco acostumados com qualquer atividade física, reclamam de todo esse esforço. Nada notável embora, apenas um desconfortante detalhe que logo é deixado de lado em uma chuva de pensamentos diversos.
A cada esquina que viramos, uma mudança pode ser facilmente reconhecida. O principio desse caminho esbanja luxo de uma verdadeira classe média alta, com suas casas nem um pouco modestas e que buscam aparentar cada uma melhor que a outra. Como se fosse uma competição de egos, aonde ganharia aquele que provasse ter o gramado mais verde.
Entretanto, a história muda a medida que nós afastamos da área nobre da cidade. As casas luxuosas e os aranha céus dão lugar a moradias simplistas, em sua maioria, feitas de madeira ou qualquer outra material que emane fraqueza e fragilidade perante a menor das tempestades. Até mesmo as pessoas são diferentes, a maioria usa roupas compradas em liquidações ou mal - feitas com suas próprias mãos e suor. Elas, diferente daqueles perto de minha própria casa, não perdem tempo suspirando e admirando aquela que me acompanha. Invés disso, os infelizes que ainda estão fora de suas camas parecessem apressados para voltaram logo para pouco e ainda sim, tão precioso conforto de suas casas.
Finalmente chegamos em uma área afastada, tão rochosa que meus pés devem está muito gratos por eu ter decidido vim com sapatos confortáveis e duradoiros.  Dar para sentir o vento gelado da costa bater em minha face introspectiva e os sons do mar chegarem em meus ouvidos como um eco de ondas passageiras. Apesar da beleza sombria e fúnebre do cenário, a crua realidade dessa ser uma zona ativa para os mais baixos crimes e roubos desencoraja até o olhar mais curioso de se arriscar a ficar.
Meu raciocínio chega em uma rápida conclusão: Apenas alguns foram ditos como desaparecidos oficialmente. Ou seja, tem risco do mesmo terem sido selecionados ou algo similar. Se esse for o caso, posso está lidando com uma ameaça inteligente e calculadora, que escolhe bem seus alvos e, muito possivelmente, a um padrão na escolha por trás. Junte isso ao fato de poder ser um ninja e essa missão certamente se denuncia mais complexa do que aparentava em seus primórdios. Ainda há quem escolheram para me acompanhar... Não tenho muitas informações sobre ela e isso é sempre algo preocupante em uma operação que promete chances de confronto inimigo.
O raciocino é interrompido. Pela fala da jovem que protagonizou essa ultima parte de meus pensamentos,  Asuka acredito ser seu nome se não me falha a memória. Ela me faz duas perguntas, das quais não me dou o trabalho de gastar palavras para comunicar uma resposta. Apenas balanço a cabeça, em um claro sinal de afirmativo.
Mantenho minha face indiferente, gelada como os ventos que nos cercam quando tranquilamente fecho os meus olhos por segundos breves e quando os abro novamente, um vermelho ardente toma conta de seu aspecto. revelando o Akagan de uma forma relativamente discreta em meio a uma nevoa que parece a cada instante prometer tornar - se mais densa e perigosa.
Com os olhos avermelhados, busco qualquer assinatura de Chakra ou presença além da minha e de minha aliada. Aproveitando de minha concentração acima da média, uso os meus olhos em combinação com meus ouvidos, na esperança de ouvir o minimo ruido ou som de movimentos que denuncie a localização de meu alvo.

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Os olhos vermelhos se destacavam sobre o cenário fúnebre e escuro que tanto reinava com mão de ferro a minha volta. A neblina que antes poderia confundir meus sentidos agora, se encontra tão clara quanto o sol nascendo ao amanhecer de um dia. minhas suspeitas ao piscar de olhos foram confirmadas e o som da voz de minha aliada entrou em meus ouvidos, nesse momento, donos de uma audição aumentada. Seu tom me parece extremamente alto no inicio, como uma tempestade batendo na porta de meus ouvidos. Entretanto, instantes depois, já estou um pouco mais acostumado com os ecos que me rodeiam.
A fala da jovem ao meu lado denuncia um provável conhecimento das áreas ninjas, apenas esse pequeno e passageiro detalhe já me deixa ainda mais atento para mais surpresas que podem vim da mesma. Talvez até mesmo uma ninja. Entretanto, o tempo não é algo que possuo e meus olhos e ouvidos logo percebem a perigosidade da realidade que me rodeando entre as quatro direções.
Pessoas. Prováveis inimigos. Posso sentir, ver mais de um. Rapidamente minha face indiferente, mostra - se em um olhar analítico uma frieza assustado enquanto tenta contar com exatidão o número exato de indivíduos que percebem na região. Em seguida, emendo meu pensamento por quanto busco calcular de distância de cada um deles em relação a mim e a minha aliada.
Tudo acontece muito rápido dentro de minha mente. Minha imaginação floresce imaginando como deve está ficando o território que me cerca, imaginando como se tudo isso não passasse de uma partida de xadrez prestes a começar.
Em um momento fugaz uma silhueta se formou, a sua forma e identidade eram complicados até para mim decifrar. Havia um número incontável de ações que ele poderia fazer ou ser e mesmo na ânsia dessas possibilidades mantive a cabeça calma e o coração frio. Minha face pouco mostrava alteração além de sua seriedade e ar introspectivo natural.  Antes que ele pudesse sonhar em fazer qualquer ação, falar qualquer palavra, procurei ver sua assinatura de Chakra e de qualquer um em minha linha de alcance, em uma passageira esperança de que em algum deles pudesse a ver um movimento interno, uma agitação, que denunciasse o ator dessa nevoa maldita.
Ele começou a se pronunciar e minha atenção logo foi totalmente voltada para o mesmo. Meus olhos frios e vermelhos se acenderam com uma ideia, uma estrategia que tratou de rapidamente se alastrar em meus pensamentos. Enquanto o desconhecido falava, eu faria uma tentativa discreta de ler seus pensamentos com os poderes do Akagan, tendo como intuito claro de tentar decifrar a charada de quais são suas verdadeiras intenções.              
 
 

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Eu ainda não estava muito acostumado com a habilidade de ler pensamentos de outros. Era como ter uma segunda voz em minha cabeça, dizendo coisas que a boca de meu alvo nunca pensaria em declarar em voz alta. A busca por respostas apenas trouxe mais perguntas para fervilhar meus pensamentos. Teorias estavam ao alvorecer de seu nascimento quando o vermelho tomou conta da cena.
O ataque foi veloz. Feito, ao meu ver, com uma frieza e precisão que só pode ser adquirido com anos de experiência encarado a face da mortalidade humana ou tendo um sangue mais frio do que qualquer peixe. Uma verdadeira dama fatal minha aliada se mostrou, provavelmente deve possuir capacidades que vão muito além de uma novata desbravando esse nosso mundo cheio de sangue, violência e intenções obscuras.
Apesar da demonstração gratuita de violência, minha face não se alterou. Algo que, de muitas maneiras, poderia ser considerado mais assustador do que acabamos de presenciar. Apenas continuei com meu olhar esboçando a ausência de qualquer sentimento ou emoção, somente encarando aquele a qual tinha lido á mente anteriormente.
Ao ouvir as ordens da jovem, não expressei nenhuma resposta. Não precisava. Pude ver que meu adversário não teve cuidado de deixar suas emoções escondidas, longe de serem expressadas em seu rosto em forma de um espanto. Ele estava abismado, aguando o próximo movimento nessa partida de xadrez que tomos rumos inesperados.
- Por qual motivo sequestra pessoas? Aonde as coloca? Como se ativa o ritual? - Digo isso em um tom frio, alto suficiente para meu oponente ouvir. Não estou acostumado a falar tanto mas, nesse caso, é necessário. Se eu estiver certo e o mesmo está espantado com a situação, mesmo que não responda, o simples fato de eu citar o ritual e outras informações que, para ele, não teria como eu saber, irá surpreende - ló e provavelmente fazê - ló pensar nas perguntas ainda que só por um momento fugaz e passageiro.
Assim que faço as perguntas busco colocar em prática a minha leitura de pensamentos novamente sobre ele. Na esperança de conseguir alguma informação útil graças as habilidades de meus olhos avermelhados.
após todo esse processo, faço com o máximo de velocidade que conseguir alguns selos de mão e, aproveitando que o mesmo se encontra em minha linha de visão, busco com toda a minha concentração fazê - ló cair no Genjutsu: Jinshin no Jutsu e assim tomar cuidado para que dentro da ilusão eu apenas o enforque até o ponto de está inconsciente. Alguém como ele pode ser útil para coleta de informações e interrogatório mais tarde.  

 

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Ainda acho um pouco estranho ouvir sua voz em minha cabeça, seus pensamentos que revelaram apenas uma fração de tudo que eu buscava saber.  Esse fato, embora simples, fez - me perguntar em silêncio se há mais do que posso ver dentro desse caso. Olhei por um segundo para o corpo de meu oponente, tombado por uma ilusão de minha autoria.
A voz de minha aliada chegava a meus ouvidos. Me virei casualmente, vendo a mesma em um ato de beleza fúnebre enquanto limpava o seu rosto de pingos do vermelho de seus prováveis inimigos que jazia agora ou na inconsciência ou no abraço piedoso da morte.  Suas palavras deixavam ás claras uma indagação do que seria nossos próximos passos. Uma pergunta simples em sua essência e ainda sim, demorei segundos para conseguir respondê - lá.
Eu sabia a resposta. Ela estava na ponta de minha linguá. Entretanto, ela não saia. Por trás da frieza de meu olhar e da seriedade que governa minha face, uma timidez sempre nasce nos instantes que servem de preludio para meus lábios se abrirem e falarem. Invisível essa timidez permanece para a maiorias do olhares. Porém, os mais atentos podem notá - lá misturada com meu tom de frieza e educação característicos quando de minha boca as palavras finalmente nascem:
- Se me permite, acredito que em uma dessas pedras há uma alavanca que nós mostrará o esconderijo deles, senhorita.
Falava, e sem esperar nenhuma resposta, logo parti em busca dessa alavanca nas rochas em um completo silêncio de minha parte, esperando que a visão aguçada concedida pelo Akagan facilitasse esse processo.

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Uma caverna se mostrou. Por mais que eu olhasse, nenhuma assinatura de energia poderia ser percebida até onde meus olhos vermelhos alcançavam. Era algo estranho, meu pensamento não poderia deixar de desconfiar de toda essa situação. Era algo bastante elaborado para apenas roubos e sequestros. Parecia haver alguma espécie de seleção para aqueles que são capturados. Afinal, até onde sei, apenas alguns foram ditos como desaparecidos. Se minha teoria estiver correta, a pergunta ainda fica no ar. O questionamento mais importante a ser feito: O motivo.
Todo esse meu raciocínio passa através de meus olhos frios que subitamente acordam para a realidade com a voz acida de minha aliada. Ela decide explorar a caverna, talvez montada das mesmas teorias que eu em sua cabeça. Enquanto assisto seu corpo gradualmente sendo abraçado pela escuridão da caverna, fica evidente o próximo passo que deve ser feito. Eu poderia apenas matar aquele que derrotei enquanto está caído em seu mundo de sonhos. Porém, estrategicamente, ele é a única fonte para informações que conhecemos. Logo, isso não é de longe uma opção.
Olhando para seu corpo desacordo com olhares pensativos, o risco de deixa - ló solto se revela muito alto. A qualquer momento ele pode acordar e tentar fugir ou atacar. Com isso em mente, busco fazer algo que particularmente não me agrada. Esforço físico. Sabendo de que força não é meu forte, reviro os meus olhos rapidamente antes de tentar carrega - ló com o máximo de força que eu conseguir. Mesmo que demorasse uns bons minutos, o colocaria sentado encostado em uma pedra nas proximidades e o amarraria na mesma com os fios de aço que trouxe    
Após o ato, iria desabar no chão sem jeito. Sentindo o frio do solo em minhas mãos enquanto suspirava com os olhos indiferentes e vermelhos ainda ativos em estado de alerta.

Primeiro Treinamento
Após descansar sentado alguns instantes, lembrei que havia trazido em minha pequena mochila quatro extramente pequenos pergaminhos, todos pegos na biblioteca na manhã desse dia mas, devido a operação, não tive devido tempo para os estudar. Eram técnicas simples as quais estavam gravadas neles, por sinal não precisava de muito espaço para deixar suas instruções as claras.
O primeiro deles falava de um Jutsu básico de espionagem. Me no Bagu. Em termos básicos, era muito similar ao funcionamento de um Genjutsu. Usar seu chakra no sistema do inseto, mexendo com os sentidos do mesmo para conecta - se com ele e poder assim ver e ouvir tudo que seus sentidos captam de informação.
Achar uma cobaia não é algo muito difícil nessa costa. Dava para ver insetos andando pelo chão aonde estou sentado. Apenas escolhi qualquer um deles para se tornar minha vitima. O akagan facilitou o processo, ver a energia interna deles destacada, ver sua assinatura de Chakra, me permitiu ver quando havia uma alteração no mesmo enquanto fechava meus olhos abraçando a escuridão e me focava a colocar um pouco de minha energia em seu sistema.
O processo fora relativamente rápido, quando eu menos espero consigo inundar seus sentidos com o Chakra invasor. Em seguida, concentro - me pouco mais em um processo de maior complicação. direcionando a energia para seus olhos e ouvidos. Por um momento breve ouço o que ele ouve, vejo o que ele ver e vivo o que ele vive. É como se eu e ele fossemos um só.
A  experiência é estranho e logo trato de encarrar essa experiência bem sucedida.

Segundo Treinamento
O segundo pergaminho também era uma técnica que esbanjava simplicidade, Foi necessário apenas poucos instantes para eu entender seu funcionamento após ler suas informações. Chakra no Hikari, era um Jutsu extremamente básico que apenas precisava de um controle razoável de sua energia para concentra - lá em sua mão e a fazê - lá brilhar.
Devido a minha preferência por artes ilusórias, controle de Chakra não era um problema para mim. Apenas fiz um selo de mão e foquei meus pensamentos na respiração que vinha e voltava repetidamente até esvaziar minha mente. Depois disso, imaginei minha mão aberta, lentamente se iluminando e ficando digna de uma lanterna real.
Fechei os olhos enquanto sentia minha mão aquecer, tentando sempre manter minha energia concentrada em um único ponto. Quando os abri novamente, podia ver uma pequena esfera de luz em minha palma e logo em seguida desfiz o Jutsu.

Terceiro Treinamento
O terceiro pergaminho, entretanto, tinha uma complexidade um pouco maior. Era uma ilusão que, em sua natureza, servia para confundir o alvo e fazê - ló acreditar que está indo para seu objetivo enquanto na verdade caiu em um loop infinito andando em círculos e gastando em vão suas forças. Li esse pergaminho mais algumas vezes, prestando atenção em seus detalhes e as entranhas de seu funcionamento antes de colocar o teórico em prática.
A técnica que eu tentaria executar era a Kori Shinchuu no Jutsu. Apenas escolhi um passaro que estava passando novamente como uma vitima. Fazendo os selos de mão lentamente várias vezes, utilizo - me do Akagan para perceber a assinatura de energia do animal e a medida que controlo o ritmo de respiração e concentração, busco de maneira lenta infectar seu sistema nervoso com meu Chakra.
É um processo que demorou menos tempo que o normal devido aos olhos vermelhos que possuo e seus dons de percepção.Vendo o seu Chakra agitado com meus olhos, era fácil saber quando eu deveria fazê - ló inundar sua cabeça e confundir seus sentidos. Tempo depois, o pássaro andava em círculos com uma total expressão que denunciava total ignorância sobre esse fato.
Cancelo o Jutsu por fim e ele volta normalmente para sua vida como se nada tivesse acontecido em primeiro lugar.

Quarto Treinamento
Por ultimo havia uma técnica do elemento Suiton. Algo bastante irônico considerando aonde estou. Antes de estuda - ló, entretanto, decido ver se estava tudo bem com o único sobrevivente do grupo dos ladrões. Após isso, começo a ler o pergaminho de maneira concentrada, logo percebendo que a mesma seria provável técnica útil para futuras espionagens. Uma vez que esse jutsu permite o usuário se esconder em amostras de água sem ser percebido.
O estudo mais um pouco antes de pegar minha garrafa de água de minha mochila, tomando um gole e derramando o que resta no chão ao meu lado.
Primeiro, busco focar o Chakra para circular em equilibro por todo meu corpo. Um processo certamente delicado que exige bastante foco de minha parte. Fecho meu olhos, fugindo de qualquer distração visual e filtro meus sentidos gradativamente para sentirem minha respiração controlada aspirando e inspirando. Minutos se passam nisso, até que estou totalmente focado em meu mundo interior. Com isso, foquei em meu Chakra passando por todo o meu corpo, rodando em um delicado equilíbrio digno de Yin e Yang.
Em seguida, transfiro o meu Chakra para a pequena poça de água ao meu lado, sentindo meu corpo lentamente se tonar um só com a mesma. Desfaço o Jutsu.

Fim dos Treinamentos


Cansado, continuo sentado ainda com meus olhos vermelhos ativos. Olhando regulamente a entrada da caverna e o homem amarrado. Concentrado em notar qualquer som diferente ou potencialmente ameaçador que possa vim de qualquer um dos lados.

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Somas de Eficiência:

Jutsus Usados:

Jutsus Treinados:

Armas e Itens:

O silêncio governava a cena. Nenhum som saia de minha boca enquanto permanecia sentado, atento a tudo que acontecia a minha volta. Passos começaram a ser ouvidos e o silêncio que antes reinava morreu subitamente, Meu corpo demorava a me obedecer, uma consequência direta de meu esforço físico. Ainda sim me levantei, observando o que poderia surgir da escuridão da caverna de forma fria e objetiva.
Um suspiro discreto escapou de meus lábios sérios quando tive a confirmação visual que era apenas minha aliada de missão, trazendo consigo uma sacola. Por um momento fugaz minha mente analítica se questiona o que pode está nela. Considerando que a mesma não trouxe ninguém das profundezas desde esconderijo, é seguro supor que não existia pessoas vivas ou presentes que permitiram tal ação.
Meu raciocínio é interrompido pela voz da moça que, diferente de seu tom acido e mesmo natureza assassina apresentada em um passado recente, sorriu. Meu olhar continuava dono de uma frieza quase inumana enquanto fazia um gesto discreto, um aceno de cabeça que carregava dois significados: Educação e uma sutil afirmativa para as ordens que me foram passadas.
De maneira cautelosa me aproximaria do único ladrão ainda vivo. Tomando extremo cuidado e atenção, iria o desamarrar da pedra e logo em seguida amarrar fortemente suas mãos com fios de aço e o levantaria, o levando discretamente e cuidadosamente conosco para ser preso e provavelmente interrogado por terciários.
Desativo o Akagan e parto silenciosamente em direção a central. Tendo um sentimento que esse caso está longe de encontrar seu encerramento nesta madrugada.    

 

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