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[Filler Simples] Olhos do Destino - Parte Três

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Olhos do Destino
Parte 3

Idade de Maquiavel na História: 15 anos

Observação: A narrativa desse capitulo começa segundos após o termino da segunda parte. No mais, lhe desejo uma boa leitura.

A primeira imagem que me captura é cercada de um vermelho ardente. Era a jovem, caída em um mar de fraqueza física, tentando sem sucesso se levantar e lutar. Seus lábios, secos e de aparência fúnebre, gesticulam palavras que nunca vêm o sopro da realidade. Em troca, apenas um chute metálico recebe como um pesado beijo em suas bochechas, antes pálidas e agora, pintadas em um tom de vinho tinto.
O seu corpo voa ao ar por alguns segundos, batendo sua cabeça sem nenhum pudor em um solo duro e de abraço frio. Os olhos violeta que freta com a figura de um rio noturno se fecham, rendendo – se para o prazer dos derrotados e o prêmio de consolação dos feridos, a inconsciência doce que leva suas dores embora por momentos preciosos.
Em seus lábios um pouco de sangue se derrama, sujando o chão de maneira discreta e acanhada. Preocupo-me por um momento se ela está acordada, sentindo essa dor de olhos fechados e abalada pela solidão. Esse sentimento me faz levantar, abastecido por uma fugaz adrenalina e uma oculta emoção de zelo pela caída.
Meus ossos ecoavam um silencioso berro de dor, suplicando para eu voltar para o chão e ceder á um oponente, á primeira vista, mais forte e com mais chances de vitória. O samurai abaixa sua espada por um instante, virando seu rosto para mim e pensando em quais palavras levará para cortar esses ventos gelados e parados.
- O que está pretendendo, criança?
A lâmina bem afiada é posta em minha direção, sua voz expressa orgulho em paralelo de arrogância. Uma energia azul vibra de forma súbita pela katana, criando um aspecto mais assustador e desafiante de sua parte. Seus pés lentamente se aproximam de mim, como se esperasse alguma atitude suicida e precipitada minha. Banhando sua arma ao alto, começando sua ofensiva sem cerimônia.
O ataque é direto e cortante, aproximando – se ligeiramente de minha pálida carne. Um grito subitamente se deu de sua boca, parando seus movimentos centímetros antes de ceifar minha existência. Cambaleando para trás, o samurai parecia governado pelos ecos do medo e terror. Largando sua espada ao chão, liberando um som de um pequeno baque que pareceu dançar em meus ouvidos momentaneamente.
Tombando de joelhos, o homem de armadura gritava, em meio ao desespero incontrolável, o nome de uma pessoa, como se fosse à razão de sua vida. Apesar de ser uma cena que pudesse ser considerada, para alguns, perturbadora de si ver, eu não tinha o luxo de ter tempo para perder. Com movimentos rápidos e uma boca calada, me aproximei da menina tombada no meio desse cenário.
Seus olhos abriam e uma pequena satisfação invisível nascia em meu interior.
Ofereci minha mão para ela, os dedos meus estavam particularmente frios e pouco amenos. O mesmo poderia ser dito de meu rosto, mascarado em uma mistura de introspecção e um olhar demasiadamente analítico. À medida que a garota se levantava minha visão se concentrava em seu ferimento, no momento, coagulado com sucesso. Percebendo meu olhar vigilante, um pequeno e tímido sorriso se forma em seus lábios.
Ausente de palavras; faço um sutil gesto indicando para a minha companheira me seguir. Meus passos oscilam entre o apressado e o cauteloso, indo de caminho para a parede demolida dessa cena. Asami, apesar de me acompanhar com veemência, reserva breves instantes para contemplar nosso inimigo berrando de horror e se entregando tão facilmente para suas emoções. Embora, em seus olhos, ver esse acontecimento só gera dúvidas em sua cabeça.
Usando a parede quebrada como saída, nós movendo próximos um do outro, nossas mãos quase se chocam um par de vezes no caminho. Passamos os cômodos até encontramos um quarto mais afastado da casa. Um pouco ofegante pelo esforço de correr, minhas pernas vacilam enquanto entram nesse quarto e meus dedos o trancam com certo descuidado. O lugar estava empoeirado, bastante mal cuidado.
- Nunca tinha visto esse quarto antes, Maquiavel. – Declarada a voz feminina, sem muita animação de sua parte.
Não respondi seu comentário, apenas me mantive calado. Perdido em memórias em um passageiro instante. Acendi a luz da lâmpada pressionando, sem muita sutileza, o arcaico interruptor. A luminosidade amarelada nós permitiu ver melhor a idade do que cercava nossos corpos. Ao chão, duas correntes de pulso eram presas por estacas ao solo, uma estante de madeira antiga também poderia ser vista na parede esquerda desse lugar. Uma pequena caixa escura morava na mesma.
A de cabelos vermelhos mantinha – se em silêncio, concentrando uma energia verde em sua palma e rapidamente curando seu ferimento, apenas uma mínima cicatriz permaneceu depois de seu trabalho bem feito. Seu rosto melhorou e seu olhar retornou com uma chama fria que era sua determinação. Suas palavras eventualmente cortavam o silêncio de maneira suave, saciando sua antiga pergunta com palavras que inspiram, ao mesmo tempo, indagação e obstinação.
- O que fez com o samurai àquela hora? Ele parecia aterrorizado. – Indagou enquanto buscava me olhar fixamente.
- Desculpe – me não a explicar antes. Apenas o coloquei em uma ilusão, visão do inferno. Apesar de suas mascaras, seus olhos precisavam ficar visíveis se ele planejava enxergar algo.
Falar era algo muito difícil para mim e ela sabia disso, esboçando concordância nítida após ouvir minhas palavras transmitidas em meio a um mar profundo de timidez. Minha mente logo mudou seu foco e meus dedos começaram a procurar algo na caixa preta em minha frente. Um par de minutos depois, surgir segurando uma pequena Kunai enferrujada e a dei para Asami.
- Tenho um plano.
Após dizer isso em um tom baixo, nós sentamos ao chão e conversamos por breves segundos que logo vieram á falecer. Quando terminamos, tratei de apagar a luz do quarto e aceder meus olhos avermelhados e ardentes.
Eu já o poderia ouvir. O samurai nós procurando com sua sede de sangue.
Fim da Parte Três

Otsutsuki


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